A Flor do Chico - Cordel do Amor Sem Fim
Projetos Culturais - Pronac
Nº Pronac:
191971
Fotos do Projeto:
Desenvolvedor:
Douglas Rodrigues Novais
Local do desenvolvimento do Projeto:
Teatro de Arte e Ofício - Campinas, São Paulo. O projeto pode ser levado a outros teatros e/ou espaços.
Segmento de atividades Culturais:
Artes cênicas: e os subitens
Canais de Divulgação:
Banner
Cartazes
Folder
Internet
Mídia gratuita
Panfleto
Objetivo:
Objetivo Geral
Fomentar e difundir a cultura popular de maneira acessível e democrática através das artes cênicas, a fim de atingir o maior número de pessoas possível.
Objetivos específicos
- Realizar a montagem do espetáculo cênico musical "Cordel do Amor sem Fim" pelo grupo de teatro os Geraldos.
- Realizar 9 apresentações gratuitas na cidade de Campinas-SP atingindo diretamente 1.350 pessoas (150 lugares no teatro x 9 apresentações)
- Realizar 9 bate-papos gratuitos com o público presente após as apresentações atingindo diretamente 1.350 pessoas (150 lugares no teatro x 9 bate-papos)
- Realizar a gravação em vídeo do espetáculo na íntegra e disponibilizá-lo gratuitamente na plataforma do Youtube. O vídeo terá legendagem descritiva a fim de ampliar o acesso do conteúdo cultural produzido pelo projeto para pessoas com deficiência auditiva.
Descrição do Projeto:
Este projeto prevê a realização de 9 apresentações do espetáculo "A Flor de Chico - Cordel do Amor sem Fim", com direção de Gabriel Villela, e atuação do grupo Os Geraldos, na cidade de Campinas-SP. Iremos atingir mais de 1530 pessoas - entre eles jovens e adultos das instituições FEAC, FUMEC e Ong CPTI. Todas as atividades serão GRATUITAS.
Sinopse do espetáculo:
A Flor de Chico - Cordel do Amor Sem Fim conta a história de três irmãs que vivem numa pequena cidade às margens do Rio São Francisco. A mais nova das moças, às vésperas de seu noivado, apaixona-se por um viajante de passagem, um acaso que muda os rumos de todas as personagens dessa história sobre espera, o tempo e o amor que sobrevive a tudo.
● Linguagem popular tipicamente brasileira;
● Música ao vivo;
● Público-alvo: jovens e adultos a partir de 14 anos.
Justificativa
Um dos aspectos mais fortes da poética de Gabriel Villela é sua abertura a um público amplo e irrestrito, constituindo - por meio de símbolos, com suas cores, texturas e formas vibrantes - uma linguagem popular tipicamente brasileira e profundamente teatral. A consolidação dessa trajetória e identidade estética, bem como essa potência de universal comunicação com o espectador, rendeu-lhe 12 Prêmios Shell, 10 Troféus Mambembe, entre outros prêmios expressivos da cena nacional.
A realização desse projeto, portanto, justifica-se, em primeiro lugar, pela relevância artística e cultural de propiciar uma nova produção de um dos principais diretores da história do teatro brasileiro. No mesmo sentido, valoriza a dramaturgia nacional, ao dar ainda mais visibilidade ao texto “Cordel do Amor sem Fim”, de Claudia Barral.
Além disso, a obra também remete a um contexto muito brasileiro que é o da vida migrante, propiciando, por meio da fruição artística, uma reflexão sobre temas necessários, como movimentos migratórios e xenofobia, violência contra a mulher, loucura, amor e esperança, questões evidentemente universais que ganham contornos mais fortes nesses territórios de chegadas e partidas. Assim como em tantas cidades brasileiras, o propulsor desse fluxo, na história, é um rio, o São Francisco, homenageando a vasta hidrografia nacional.
Em relação ao grupo Os Geraldos, tem, como norte, não a exploração de uma única linguagem, mas o objetivo de criar metodologias e poéticas que tenham, em comum, a finalidade de comunicação com um público mais amplo possível. São diversos os temas e linguagens de seus espetáculos, que têm um eixo estruturante: o trabalho, a criação e a formação de um ator conectado à sua realidade sociocultural, capaz de encontrar, diantes dos percalços do cenário cultural brasileiro - daí a importância da improvisação -, modos de produzir que propiciem a continuidade dos seus projetos artísticos e a comunicação efetiva de sua criação artística, aspecto que liga o grupo ao universo do teatro popular e ao gênio criativo de Gabriel Villela. Os atores desenvolvem intensa atividade artística e pedagógica, além de pesquisas de mestrado e doutorado na Unicamp, universidade onde os primeiros integrantes do grupo, ao se encontrarem na graduação, fundaram-no.
Já estando referida a qualificação artística, a capacidade técnica, em termos de gestão cultural, está salvaguardada pelo histórico do grupo Os Geraldos, atualmente o administrador do Teatro de Arte e Ofício (TAO), um dos equipamentos culturais mais importantes de Campinas, que completa 35 anos em dezembro de 2019. O TAO é a quarta sede do grupo, que se dedicou a desenvolver, ao longo de seus 11 anos, espaços que recebessem - além de suas atividades de produção - apresentações, cursos e oficinas. Por essa atuação, Os Geraldos foram indicados, em 2017, ao Prêmio Governador do Estado, na categoria de Territórios Culturais.
Principais profissionais envolvidos
Gabriel Villela – diretor
Estudou Direção Teatral na Universidade de São Paulo. É diretor, cenógrafo e figurinista. Iniciou sua carreira profissional em 1989 com “VOCÊ VAI VER O QUE VOCÊ VAI VER”, de Raymond Queneau, e “O CONCÍLIO DO AMOR”, de Oscar Panizza. Desde então, recebeu 3 Prêmios Molière, 3 Prêmios Sharp, 12 Prêmios Shell, 10 Troféus Mambembe, 6 Troféus APCA, da reconhecida Associação Paulista de Críticos de Arte, 5 Prêmios APETESP, da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo, 2 Prêmios PANAMCO e 1 Prêmio Zilka Salaberry.
Encenou Pirandello (OS GIGANTES DA MONTANHA), Camus (ESTADO DE SITIO e CALÍGULA), Heiner Muller (RELAÇÕES PERIGOSAS), Calderón de La Barca (A VIDA É SONHO), Schiller (MARY STUART), William Shakespeare (MACBETH, ROMEU E JULIETA e SUA INCELENÇA RICARDO III), Strindberg (O SONHO) e Eurípides (HÉCUBA), e os dramaturgos brasileiros Nélson Rodrigues (BOCA DE OURO, A FALECIDA e VESTIDO DE NOIVA), Arthur Azevedo (O MAMBEMBE), João Cabral de Melo Neto (MORTE E VIDA SEVERINA), Carlos Alberto Soffredini (VEM BUSCAR-ME QUE AINDA SOU TEU), Dib Carneiro Neto (SALMO 91 e CRONICA DA CASA ASSASSINADA), Luís Alberto de Abreu (A GUERRA SANTA) e Alcides Nogueira (VENTANIA, A PONTE E A ÁGUA DE PISCINA). Dirigiu uma trilogia de musicais de Chico Buarque para o TBC: "ÓPERA DO MALANDRO", "OS SALTIMBANCOS" e "GOTA D’ÀGUA". Grandes cantores nacionais o procuram sempre para direção de shows como Maria Bethânia (AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM), Elba Ramalho (ELBA RAMALHO CANTA LUIZ GONZAGA), Milton Nascimento (TAMBORES DE MINAS) e Ivete Sangalo (IVETE SOLO). Dirigiu musicais, óperas, dança e especiais para TV. Foi Diretor Artístico do Teatro Glória/RJ (1997/99) e também do TBC Teatro Brasileiro de Comédia/SP (2000/01).
Tornou-se um dos mais renomados diretores teatrais com reconhecimento internacional, sendo convidado a participar de Festivais nos EUA, Europa e América Latina. Com o Grupo Galpão (ROMEU E JULIETA), Gabriel Villela foi convidado para uma temporada no Globe Theatre, em Londres, conquistando a crítica e o exigente público londrino. O espetáculo voltou a Londres em 2012 para participar da OLIMPÍADA CULTURAL, evento paralelo aos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.
Seus últimos trabalhos foram ESTADO DE SÍTIO, de Camus (2018/19), HOJE É DIA DE ROCK, de Zé Vicente (2018), BOCA DE OURO, de Nelson Rodrigues (2018) e PEER GYNT, de Ibsen (2016/17). Gabriel já esteve em Moscou (Festival Chekhov) com FAUSTO ZERO, de Goethe.
Babaya Morais - preparadora vocal e diretora musical
Cantora e professora de técnica vocal, Babaya ensina música e técnicas de canto há mais de 40 anos, no Brasil e no exterior. Iniciou os estudos musicais ainda muito jovem, desenvolvendo sua carreira sobretudo em Belo Horizonte, onde estudou na Fundação Clóvis Salgado e participou de diversos cursos com os professores mais respeitados da cidade. Nos anos 80, foi professora de técnica vocal na "Música de Minas Escola Livre", escola liderada por Milton Nascimento, Wagner Tiso, Márcio Ferreira e Claudio Rocha.
Seu primeiro núcleo de ensino foi fundado em 1990, com a foniatra Dra. Regina Lopes Maciel, o "Voz Ativa - Núcleo de Tratamento e Aprimoramento da Voz". Ambas as experiências estão diretamente ligadas com o desenvolvimento dos pilares das suas técnicas de ensino: os cuidados com a saúde da voz e a liberdade expressiva do canto popular. Em 1991, fundou a “BABAYA ESCOLA DE CANTO”, primeira escola de Minas Gerais voltada exclusivamente para o aprimoramento da voz no canto popular. Nesta época, teve também suas primeiras experiências de trabalho sobre o uso da voz e do canto nas artes cênicas, um trabalho que desenvolve até hoje com atores, diretores e companhias em todo o Brasil. Como cantora, gravou os CDs: “Babaya - de Vida e Canções” e “Velho Chico” (com Anthonio e Marcus Vianna), além de participações em outros projetos fonográficos e shows com grandes parceiros de sua trajetória musical.
Carolina Martins Delduque - atriz
É atriz, pesquisadora, professora de teatro e produtora. Doutora em Artes da Cena pela Unicamp (2018), com mestrado (2012) e graduação (2007) pela mesma universidade. É professora do Curso de Formação de Atores Os Geraldos nas disciplinas de "Direção e Dramaturgia" e "Gestão". Em 2013, foi professora do curso técnico em Arte Dramática do Conservatório Carlos Gomes, já ministrou diversas oficinas e cursos nas áreas de interpretação e gestão de grupos de teatro. Também ministrou uma disciplina no curso de graduação em Artes Cênicas da Unicamp. É integrante e fundadora do grupo Os Geraldos, no qual é atriz e produtora. Atua em todos os espetáculos do grupo.
Douglas Rodrigues Novais - ator
É ator, pesquisador e professor de teatro. Doutor (2016), Mestre (2012) e Bacharel (2008) em Artes Cênicas pela Unicamp. É ator e coordenador do grupo Os Geraldos. Foi coordenador (2013) e professor (2010-2013) do Curso Técnico em Teatro do Conservatório Carlos Gomes, Campinas/SP. Foi professor da pós graduação em gestão cultural do SENAC - SP e da pós graduação em Teatro, Dança e produção cultural da USC - Universidade do Sagrado Coração. Desde 2013, é assistente de Curadoria do Projeto Ademar Guerra, do governo do Estado de São Paulo.
Paula Mathenhauer Guerreiro - atriz
É jornalista, formada pela PUC-Campinas, e atriz, pelo Conservatório Carlos Gomes (Campinas - SP). É Doutoranda (2017 - 2020) e Mestre (2016) em Artes da Cena pela Unicamp e realizou, em 2012 e 2015, Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior, junto à Universidade de Lisboa (Portugal). É professora do Curso de Formação de Atores Os Geraldos, nas disciplinas de “História e Estética” e “Direção e Dramaturgia”. É atriz e responsável pela elaboração de projetos no grupo Os Geraldos, atuando nos espetáculos “Números” e “O Último Sarau - um espetáculo de corpo presente” e técnica de luz dos espetáculos “Hay Amor!” e “O Drama e Outros Contos de Anton Tchekhov”.
Julia Cavalcanti - atriz
É graduada em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas. É fundadora e atriz do grupo Os Geraldos, em que atua em todos os espetáculos. Foi professora do SENAC Piracicaba em 2010 e 2011 e, desde 2009, é arte-educadora na ONG CPTI (Campinas - SP). É professora das disciplinas “Corpo e Voz” e “Interpretação” no Curso de Formação de Atores Os Geraldos.
Railan Andrade - ator
É ator e artista circense, no teatro, desde 2006, e atuou em: “Gata Borralheira” (2006) Ceart, “Tribobó-City” (2007-2008) Ceart, “Pluft O Fantasminha” (2008) direção: Benê Silva, “Flicts” (2009) direção: Benê Silva, “O mágico de Oz” (2011) Ceart, “Rosa de Cabriuna” (2015) CFPT – Os Geraldos, “Bertoleza – Uma pequena tragédia musical” (2015-2016) Cia. Gargarejo, “A Cidade Perdida” (2017) Cia. Gare, “Rasto Atrás” (2018) Os Geraldos com a direção de: Dagoberto Feliz, entre outras peças. Foi palhaço no Circo Encantado nos anos de 2014 e 2015 viajando pelo interior paulista. Em 2015 e 2017, realizou o primeiro e o segundo módulo do Curso de Formação de Atores Os Geraldos. Atualmente é ator, produtor e técnico do grupo Os Geraldos e participa do Programa de Qualificação em Artes, Ademar Guerra, como integrante da Cia Gare, orientada na edição de 2018.
Prazo para captação do Recurso financeiro desse projeto:
31/12/2019
Valor autorizado para captação:
261.209,96
Todas as informações são de responsabilidade do Proponente.
A Prefeitura Municipal de Campinas se isenta de qualquer responsabilidade com informações falsas.